Muita coisa mudou desde a primeira geração de celulares. Durante a fase conhecida como 1G, o sinal era analógico e suscetível a interferências. Além disso, a falta de criptografia permitia que o sinal fosse interceptado e que o telefone fosse clonado.
A chegada da segunda geração (2G) proporcionou grandes avanços, incluindo o uso de sinal digital, que entre outras funcionalidades, permite ser codificado. Com essa geração ganhamos um recurso que hoje em dia parece essencial: o SMS. Os aparelhos e as baterias também diminuíram de tamanho, já que o sinal digital exigia menos largura de banda e consumia menos bateria.
Já a terceira geração (3G) foi usada pela primeira vez em 2001, mas começou a ser desenvolvida em 1992. Além de uma largura de banda maior e uma cobertura mais ampla, o padrão 3G proporcionou que novos serviços fossem desenvolvidos, possibilitando que usuários agora pudessem acessar aplicações via internet, fazer videochamadas e até assistir aos programas de TV favoritos na telinha do celular.
Agora, enquanto navegamos com nossos smartphones, a indústria já começa a planejar a quarta geração (4G) de telefones e comunicações móveis. Palavras misteriosas, como LTE, WiMAX e, mais recentemente, LTE Advanced, começaram a aparecer em notícias que anunciam as possíveis tecnologias que definirão o padrão 4G.
Mas o que são essas tecnologias? Quais serão as diferenças entre 3G e 4G? E afinal, por que devemos prestar atenção no LTE Advanced?
3G Vs 4G
O padrão 3G, assim como seu antecessor 2G, também trouxe avanços muito significativos para a telefonia móvel. Pela primeira vez, usuários podiam usar um navegador web parar navegar na internet, e proporcionava largura de banda suficiente para assistirmos a vídeos no YouTube e enviarmos mensagens com conteúdo multimídia.
Com o 3G, os celulares foram transformados em espécies de minilaptops. Mas o 4G pretende mudar o cenário e ir além, suportando um número maior de protocolos utilizados via internet, além do aumento exponencial da largura de banda. Isso permitirá o uso simultâneo de voz, jogos com acesso a internet e serviços multimídia via streaming.
Se compararmos os dois padrões, as redes 4G podem chegar a ser de 4 a 100 vezes mais rápidas que o sistema em uso atualmente. Além disso, o padrão 4G está sendo desenvolvido de forma que possibilite o controle da banda, possibilitando que algumas aplicações tenham prioridades sobre as outras ao utilizarem a conexão.
E depois do IPcalipse, é essencial que o padrão 4G também tenha suporte para IPv6, já que o número de pessoas online deve aumentar ainda mais.
Assim como padrões anteriores, o 4G também é definido pela International Telecommunication Union (ITU), uma agência das Nações Unidas de assuntos relacionados à tecnologia da informação e da comunicação.
Embora essa definição ainda não esteja completamente acertada, alguns fabricantes já têm produzidos celulares compatíveis com as tecnologias que farão parte do novo padrão. Um desses aparelhos é o Motorola Atrix, o potente celular anunciado na Consumer Electronics Show deste ano.
Algumas das tecnologias pré-4G já estão no mercado há alguns anos, mas ainda não atingem completamente as exigências da ITU, que espera taxas de transferência a 1 Gbit/s.
Atualmente, empresas vêm comercializando a marca 4G em seus produtos como sinônimo de suporte para WiMax e Long term evolution (LTE). Vejamos o que são e para que serve cada uma dessas tecnologias.